domingo, 29 de novembro de 2009

Positividade!!!!! Combatendo de Frente o Sistema...

Da Jamaica para o mundo. A  música reggae difundida pela voz do nosso imortal Bob Marley, se configurou como instrumento de auto afirmação da identidade negra, bem como uma ferramenta de denuncia das desigualdades sociais de um sistema excludente e segregador. Vale ressaltar que falar de amor, de paz e positividade é muito bom. As  composições da BANDA PONTO DE EQUILIBRIO reunem todo esse arsenal. A musicalidade, o tom místico e comtemplativo do grupo me fazem viajar. Músicas como Coisa feia, Poder da Palavra, Jah, Jah Me Leve são mágicas. É propaganda mesmo. Vale a pena conferir!!!!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Fórum Educação e Ações Afirmativas


Quero compartilhar a alegria que sentir em organizar, junto com outr@s estudantes o primeiro evento acadêmico de minha vida,  o Fórum Educação e Ações Afirmativas que aconteceu no dia 26/11/2009 no auditório da Escola de Administração/UFBA. A idéia partiu da professora Dyane Brito que ministra as aulas do componente curricular de nome correspondente ao fórum, que infelizmente não será disponibilizada no próximo semestre por falta de professores especializados na área.
Tivemos o privilégio de ter convidad@s como Profª Janja Araujo, prof Henrique Freitas do Instituto de Letras da Ufba e coordenador do Programa Conexões de Saberes, as conexistas Denise Cassiano, graduanda em pedagogia e Rita de Cássia, graduanda em Comunicação. Discutimos sobre as condições de permanencia física e simbólica dos estudantes cotistas na Ufba, sobre a questão do negro na sociedade, relatamos experiências pessoais, professor@s e estudantes em torno das relações raciais e sociais. Problematizamos questões pontuais sobre preconceito e racismo por parte da Acadêmia e do currículo hegemônico dos cursos oferecidos pela Universidade e ressaltamos os avanços e consquistas adquiridas ao longo do processo de auto afirmação de nossas identidades resgatada pela força do Movimento Negro. Participaram também em média 80 pessoas que foram fundamentais para o exito de nossa atividade
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Em fim, foi muito gratificante. Sou otimista e entendo que estamos avançando de forma acelerada. Se a cor da FACED já mudou, vamos também mudar o insconciente e a subjetividade da no ssa Faculdade de Educação.

sábado, 21 de novembro de 2009

Ancestralidade, Identidade e Resistência


Um dia após as comemorações do Dia da Consciência Negra, fiquei muito contente em assistir o programa Aprovado, cujo apresentador é meu conterrâneo Jorge Portugal e ver a professora/Drª e mestra de capoeira Janja Araújo da Faced/ Ufba, bem como outros profissionais (negros, afrodescendentes) discutindo sobre a temática racial e ações afirmativas no Brasil.

Sabemos que nossas identidades são construídas e solidificadas a partir de referenciais. Nesse sentido, ver pessoas negras ocupando espaços de poder e problematizando em torno de questões políticas, sociais e culturais, incide positivamente em minha formação como educadora e no meu posicionamento enquanto afrodescendente.

Ainda que existam inúmeros problemas em torno das relações raciais no nosso país, devemos comemorar os avanços conquistados pelo nosso povo desde a implementação da escravidão e todo processo de “libertação” que, ao contrário de que muitos pensam, não foi concedido pela princesa Isabel. Tal fato foi apenas mais uma farsa, dentre muitas outras difundidas principalmente através do livro didático, respaldado pela historiografia oficial hegemônica que sempre tentou esconder nosso passado, mas felizmente não conseguiram. Continuamos a resistir.

A história de Zumbi, líder do Quilombo de Palmares é motivo de orgulho para o povo negro brasileiro. Conforme o discurso de uma das entrevistadas do programa, falar atualmente sobre ações afirmativas não é nada autêntico. Lutar por igualdade de direito é uma herança dos nossos ancestrais, que trazidos para esta terra nunca foram submissos diante da violência da escravidão e de todas as iniqüidades ao longo de nossa história.

Zumbi, ícone de nossas lutas! Lembremos também dos heróis e heroínas negr@s que protagonizaram insurreições e batalhas travadas, principalmente aqui na Bahia, como a Revolta dos Búzios e dos Malês. Lembremos das mulheres negras guerreiras de Salvador, que trabalham arduamente para alimentar os seus filhos, lembremos dos combates diários que muitos de nós enfrentamos para vencer as barreiras do preconceito e do racismo, lembremos de Macota Valdina, Prof. Milton Santos, Zezé Mota, Carolina de Jesus, João Cândido... de minha avó Nicinha.

Liberdade ao Povo Negro do Brasil e do mundo,
Viva Zumbi dos Palmares!!!!!



domingo, 8 de novembro de 2009

ALÔ, ALÔ, AFRODESCENDENTES!!!!


Será que paramos para refletir como se desenvolvem as relações raciais em nossa ilustríssima Universidade Federal da Bahia? E o currículo do curso de Pedagogia contempla essa questão? Qual foi a disciplina em que nos debruçamos na temática racial? E sobre a lei 10.639/03, como ficamos sabendo? E o racismo existe ou é paranóia da minha cabeça?

A cidade do Salvador concentra uma população de 86% de afrodescendentes e como muitas outras metrópoles do Brasil, em nossa capital as desigualdades sociais são gritantes. Os bairros periféricos e populares são marcados pela violência física e simbólica e pela privação dos direitos básicos negligenciados pelo Estado. Nesse contexto reside à maioria da população negra e parda da nossa cidade e conseqüentemente as escolas públicas também possuem este perfil de alunos. Como ensinar aos nossos alunos apenas a partir de visão eurocêntrica de mundo? Será que temos que continuar a ignorar nossas raízes africanas e as nossas histórias de luta e resistência?


A DEMOCRACIA RACIAL É UM MITO E NÃO PODEMOS CONTINUAR IGNORANDO OS FATOS